VEREADORES: Lucas Augusto Thomé Sanches - PSD. | ||||||
PROJETO DE LEI Nº 021/2021 | ||||||
PROJETO DE LEI Nº 021/2021 AUTORIA: VEREADOR LUCAS AUGUSTO THOMÉ SANCHES
SÚMULA: “Denomina de Rua Professora Ladomira Uhryn Boiko, via pública em fase de implantação, localizada no quadro de vias públicas do Loteamento Boiko, nesta cidade, e dá outras providências”.
O POVO DO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS, ESTADO DO PARANÁ, POR SEUS VEREADORES NA CÂMARA MUNICIPAL, APROVOU E EU PREFEITO SANCIONO A SEGUINTE
LEI
Art. 1º - Fica denominada de “RUA PROFESSORA LADOMIRA URHYN BOIKO”, via pública inserida no quadro urbano do Loteamento Boiko, conforme mapa indicativo anexo, a qual ainda não possui identificação.
Art. 2º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Sala do Plenário, em 12 de julho de 2021.
VEREADOR LUCAS AUGUSTO THOMÉ SANCHES – DEM
JUSTIFICATIVA:
LADOMIRA UHRYN BOIKO nasceu em 1º. de abril de 1940. Filha de Estefano e Maria Uhryn. Natural da comunidade de Jesuíno Marcondes, perdeu sua mãe ainda quando era muito criança. Filha de uma família numerosa e humilde, teve sempre sua vivencia pautada na religiosidade e na fé, passada por seus pais. Como a maioria das pessoas, e diante do falecimento de sua mãe, teve uma vida de muitos sacrifícios. Apesar da pouca idade, veio até a cidade de Prudentópolis, onde estudava e trabalhava, assumindo na casa em que parava, praticamente todos os trabalhos de uma dona de casa. Prosseguindo seus estudos, conseguiu concluir a Normal (hoje ensino médio). Era uma excelente prenda doméstica. Além da saborosa comida que preparava, sabia também bordar, tricotar, costurar e tinha muita facilidade para desenhar. Fez questão de tricotar e presentear como lembrança para cada uma de suas noras e a filha, uma linda colcha de crochê.
Com muito esforço pessoal, conseguiu dar início na atividade escolar como professora. Iniciou lecionando na Escola Municipal de Linha São Pedro como professora auxiliar, trabalhando vários meses sem nenhuma remuneração. Conseguiu a nomeação como professora estadual, graças ao apoio do então prefeito de Prudentópolis, Kurt Gustavo Schlumberger, de saudosa memória, do qual sempre fazia questão de lembrar.
Para a escola de Linha São Pedro, ia dar aula de bicicleta, e quando chovia, ia a pé, de uma distância de 05 quilômetros, pois morava com seu esposo em Linha Queimadas, em um humilde paiol de madeira, chão batido, coberto com tabuinhas, iluminado por um lampião a querosene, local onde começou sua vida a dois. Eram tempos de enormes dificuldades, que iam desde a falta de recursos econômicos, até a falta de um vestuário e alimentação adequadas. Apesar disso, nunca desistiram. Encararam de frente todas estas adversidades, jamais tendo vergonha de suas origens humildes. Casou-se com Theodózio Boiko em 09 de julho de 1960, e teve cinco filhos: Benedito Antônio, Marcos Antônio, Antônio Carlos, Márcio Antônio e Ana Maria. A denominação dos filhos de “Antônio” veio devido a fé profunda em Santo Antônio e Ana Maria devido a junção dos nomes das avós paterna e materna. A todos ensinou desde pequenos, que o trabalho e a honestidade dignificam o ser humano. Lutou e incentivou que todos os filhos tivessem o estudo além do que ela teve. E conseguiu. Formou um filho em Bacharel em Administração, em Guarapuava;
outro em Bacharel em Ciências Contábeis, em Guarapuava; outro Bacharel em Ciências Contábeis, em Irati; outro em Bacharel com Pós-Graduação em Geografia, em Guarapuava; e a filha, Bacharel em Administração e Análise de Sistemas, em Ponta Grossa, e posteriormente, Bacharel em Direito, na cidade de Campos dos Goytacazes, no Estado do Rio de Janeiro. Passados alguns anos, mudou seu local de trabalho para o Colégio Santa Sofia. Neste estabelecimento de ensino, por longos anos, lecionou sempre para o primeiro ano. Gostava e tinha o dom de alfabetizar os pequeninos. Com suas mãos, ensinou inúmeras crianças a empunharem um lápis e fazerem seus primeiros rabiscos, para num futuro se transformarem em advogados, médicos, sacerdotes, religiosas, professores, empresários, políticos e sobretudo, cidadãos de bem, inclusive dois prefeitos que já administraram nossa cidade foram alfabetizados por ela. Na sua vida pessoal, primava pela organização e planejamento. Tudo que fazia era minuciosamente planejado. Tinha total controle daquilo que administrava. Extremamente religiosa, criou e educou seus filhos na fé. Perseverante, jamais se queixou de nada. Mesmo quando adoeceu, suportou tudo calada. Mesmo que seu semblante demonstrasse dor e sofrimento, sempre dizia a quem quer que perguntasse, que estava bem.
Gostava muito de flores. No dia de finados ou quando havia algum velório, mesmo que fosse de pessoa desconhecida, ia até seu jardim e doava todas as
flores e rosas que lá existissem. Coincidentemente, faleceu no dia 21 para 22 de setembro, início da abertura da estação da primavera, época em que a vida se renova. Tempo em que as flores desabrocham e o verde renasce, rebrotando a natureza, dando a ela um colorido todo especial, que demonstra a grandiosidade da obra de Deus. “Dona Merca” como era carinhosamente conhecida e chamada, era uma mãe coruja. Tudo fazia por seus filhos, independente do grau de sacrifício que lhe era imposto. Com a vinda dos netos, dava a eles um tratamento como se fossem seus filhos, tamanho era o carinho e a preocupação que por eles tinha.
como no espiritual. Ao lado de seu esposo Theodózio, construiu um lar iniciando do nada, e que ofereceu aos seus filhos, condições de uma criação confortável, certamente muito melhor daquela que tiveram em sua infância e juventude. Faleceu no dia 21 de setembro de 2001, aos 61 anos de idade. Está sepultada no jazigo da família no Cemitério São Josafat.
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