O Código Nacional de Trânsito, criado e implantado em 1997, passou a estabelecer inúmeras regras e normas para essa área, inclusive com penalidades severas às infrações cometidas. Em 1998, foi delegada aos municípios, a competência para municipalizar o sistema viário, com legislação adaptada à própria condição existente, seguindo-se, porém, a legislação federal. São quatro parâmetros estabelecidos como o planejamento, organização, a direção e o controle do sistema, aliado a criação de um Conselho Municipal de Trânsito, que pode discutir todos esses aspectos, levantando problemas e indicando soluções. Prudentópolis já exige uma atenção maior voltada ao setor, para iniciar um disciplinamento e direcionamento futuro, sob pena de ter conseqüências danosas. Quem opina a respeito é o chefe da 97ª. Ciretran, Fernando Lopes Ribeiro, que apresentou essa situação na própria Câmara Municipal, ao Presidente Canderoi Mainardes Filho e aos Vereadores, durante explanação feita em sessão legislativa, onde entregou um completo levantamento estatístico a respeito. Para ele, é impossível falar de trânsito sem números comparativos. Como exemplo, citou números da frota de 2001, e sua evolução até 2009, no município. São 6.721 veículos cadastrados na época, contra 16.449 atualmente, o que dá uma noção do aumento de unidades veiculares, isto apenas dos que estão emplacados aqui, afora o montante que roda com placas de outros municípios, que pode ultrapassar um total de 20 mil unidades. O mesmo se registra em números de habilitações emitidas. Em 2004, quando foi criada a Ciretran em nossa cidade, o número de documentos era de 467, contra 4204 emitidos em 2009.
 Mas o que chama mais a atenção do chefe da unidade, são os acidentes de trânsito registrados e com vítimas fatais. Comparando-se com Guarapuava, nosso trânsito tem proporções violentas bem maiores. Guarapuava tem 63 mil veículos cadastrados, registrou 1391 acidentes, dos quais 600 com vítimas, sendo seis fatais no local da ocorrência. Já, Prudentópolis, teve 77 acidentes com vítimas, com um número de veículos de 16.449 e dos quais cinco com vítimas fatais no local do sinistro. Por isso, Fernando Lopes Ribeiro é de opinião que a municipalização deve ocorrer, criando-se, de imediato o Conselho Municipal de Trânsito, composto por vários segmentos da comunidade, como Prefeitura, Câmara, Detran, Aciap, OAB, dentre outros. Após a municipalidade elaborar uma legislação específica, pode ser instituída uma Autarquia Municipal de Trânsito, responsável pela administração e gerência dos serviços. Dentre as ações que podem acontecer com essa regulamentação, estão pontos como orientação, disciplina, fiscalização e principalmente conscientização. Um dos itens que mais deve ser trabalhado é a educação viária, com palestras, cursos, e eventos nas escolas, voltado ao público infanto-juvenil. A partir de todos esses atos é que pode, então, se pensar em definições concretas, como criação do estacionamento pago nas principais vias centrais, nova estrutura viária, implantação de sistemas binários com mão única, implantação de rotatórias em pontos de confluência centrais, dentre outros